Dani Manna*

Ser mãe! Este sempre foi meu sonho, desde muito nova. Nunca tive o sonho da maioria das meninas de casar de noiva, com a igreja toda florida e uma super festa, eu sonhava mesmo era com um barrigão bem durinho e com o chorinho do bebê.

Felizmente, sem eu correr atrás, aconteceu exatamente como eu sempre quis, casei com um homem que também não fazia questão de cerimônia e que sonhava ser pai.

Casamos somente no civil, sem festa e, no quarto ano de casamento, resolvemos que era hora de “engravidarmos”!

Parei de tomar o anticoncepcional em junho e em agosto estava grávida. Era a primeira gravidez das duas famílias depois de anos. Por isso, Francisco ou Maria Augusta eram muito esperados e, ainda na barriga, paparicados.

Com 17 semanas descobrimos que Francisco chegaria por volta do dia 18 de abril de 2005.

Passei a gravidez mais tranquila do mundo. Trabalhei até às 18h do dia 11 de abril. Fui dirigindo para casa, tomei um banho e com o Rodolfo, meu marido, fui para a consulta de rotina do pré natal. Lá descobrimos que o meu líquido amniótico tinha diminuído e fomos direto para o hospital.

Dia 11 de abril, às 21h59, nasceu Francisco Manna Melo Martinez, muito mais conhecido, desde a barriga, como Chicão.

Com 15 dias de vida, Chicão já estava dentro do meu escritório acompanhado meu dia a dia. Sempre muito agitada, nunca cogitei parar de trabalhar por causa de filho. Tive um bom exemplo em casa, minha mãe trabalhou a vida toda e NUNCA me faltou atenção.

Desde pequeno ele foi acostumado no nosso mundo de trabalho. Claro que sempre respeitei os limites de um bebê e de uma criança pequena, quando possível ia mais cedo para casa, levava para uns passeios diferentes…

Com um ano e oito meses, ele foi para a escola. Aí, passei a me dedicar também às atividades escolares, lições de casa, provas e até hoje, fora do horário comercial, a prioridade é esta: dar TODA a atenção que o Chicão precisa.

Claro que ser dona do meu negócio facilita organizar minha agenda e atendê-lo sempre que necessário, mas sempre deixei claro que a mamãe trabalha, tem responsabilidades e que, às vezes, não é possível estar com ele. Porém, quando estou, me dedico 100%.

Tenho uma rotina bem “movimentada” e ele também, mas consigo levá-lo na escola todos os dias,  almoço em casa, com ele e com meu marido, busco no tênis, levo na natação, às vezes, até rola assistir um treino.

Nos finais de semana, fazer algo que envolva os três é nossa prioridade. Nem sempre acontece, mas tentamos muito!

Ahhhhh e sobre ter só um filho? Foi uma decisão, também tomada por nós dois.

Quando o Chicão nasceu, pensamos que para um só poderíamos dar mais atenção, melhores condições de estudo, lazer… E assim está sendo.

Hoje, com 12 anos, meu filho só me dá orgulho. Claro que, às vezes, me tira do sério, mas é sim um menino especial e, tenho certeza, que parte disso é por conta da atenção que damos para ele, mesmo trabalhando, os dois, cerca de 13 horas por dia!

 

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Crédito: Arquivo pessoal.

 

Dani Manna é editora de moda, mãe do Chicão, 12 anos, esposa do Rodolfo, louca pelo seu trabalho e apaixonada por viagens.