Domingo do pai…

Hoje é dia de visita em muitos lares brasileiros. Por aqui, vai ser a primeira vez que não vai ser “assistida”. É dia da filha passar parte do domingo com o pai.

Preparei uma bolsa com fraldas, lenço umedecido, pomada. Quatro trocas de roupas: de calor, meia estação, frio e pro Alasca. Tem também biscoito e suco. Ah, o cartão do plano de saúde, é claro!

Em algumas casas, as crias foram passar o fim de semana inteiro com o pai.

De acordo com o IBGE, quase 12 milhões de domicílios são constituídos por mãe e filhos. Sem pais! É muita gente, mais do que você imagina e está tudo bem assim. Tudo funcionando!

Não é fácil, mas é tão gratificante. Fazer as coisas pelas nossas próprias decisões e visões. Comprovar resultados tão positivos em cada evolução.

Estar preparada pro julgamento de que se deu errado a culpa vai ser sua. Mas ter a consciência tranquila de ver que está dando tudo certo. E saber que, pros outros, você não faz mais que sua obrigação.

Não estou falando por mim, de mim… Desde que sou mãe solo, conheci dezenas de mães que criam seus filhos sozinhas. Com ajuda de avós, outros familiares e algumas sozinhas mesmo!

No Whatsapp temos um grupo, mães de várias partes do Brasil, com diferentes experiências. Algumas trágicas, de abandono, violência, agressão… Nesses casos, os filhos sem pais estão livres!

Pra nós, mães solo, o dia de hoje tem que ser de comemoração. Que seja pelo livramento que muitas mulheres e suas crias tiveram, pelo orgulho de sermos “pães” e pelas visitas que nossos filhos recebem ou fazem.

Pra nós, fica a sensação de que visita vem e vai embora. E volta… Tá tudo ok!

Fica a certeza de que o que importa é o dia a dia. Saber quanto calça, tamanho que veste, o que falta. O peso, as medidas, a dose dos remédios, o calendário de vacinação.

Decifrar o dialeto enquanto aprende a falar, conhecer o desenho preferido, cantar um vasto repertório de músicas infantis atuais e identificar cada amiguinho do bairro ou da escola.