A melhor irmã do mundo e minhas reflexões sobre o segundo filho…

Fernanda Monteiro*

Já ouvi algumas mães dizerem que tinham medo do segundo filho. Não somente pelo gasto financeiro a mais, pelo cansaço em dobro, pelo trabalho maior. Mas por causa do amor! Sim, medo de não amar o segundo como ama o primeiro.

Não tenho essa experiência pra contar. Por isso, esse texto não é sobre essa “divisão” de sentimento.

Até porque, esse medo inicial parece sempre se esvaziar com a chegada do novo bebê. De todas as mães de primeira, segunda ou terceira viagens, mesmo daquelas que tiveram medo, sempre ouço que o amor com as crianças só se multiplica.

Hoje, escrevo sobre irmãos! É claro que cada um tem uma experiência, boa ou ruim, maravilhosa ou traumática. Eu, graças a Deus, estou na categoria de ter a melhor irmã do mundo, além de ter nela minha melhor amiga e a madrinha da minha filha.

É claro que já brigamos!

Ela rabiscou com canetinha o rosto da minha primeira boneca Emília; quebrou as pernas do meu boneco Ken assim que eu ganhei; dobrou a capa do meu disco do Show da Xuxa pra ver se ele estava lá dentro e, obviamente, quebrou o vinil…

Esses são alguns dos episódios que marcaram e que devem ter sido um chororô na cabeça dos nossos pais. Mas nada que tenha afastado o sentimento de amor, cuidado e amizade que temos uma pela outra.

Talvez tenha sido por essa relação, que eu sempre disse que teria dois filhos! Eu nunca pensei em ser mãe de filho único.

Não que isso seja um problema. De jeito nenhum, não é! Para alguns é uma condição ou uma opção. Mas, para mim, ter irmão não é a mesma coisa que ter muitos amigos ou primos (que eu tenho aos montes)!

Logo depois que Mariana nasceu, entre tantos pensamentos que tive, um doeu bastante: “ela não terá um irmão”.

Após a tempestade, com minha bebê prestes a completar sete meses, penso totalmente diferente. Ainda não sei o que o futuro nos reserva, mas o sonho de ter o segundo filho continua vivo em mim.

Nem que seja como a linda Karina Bacchi, mãe do recém-nascido Enrico, de 28 dias, que realizou uma fertilização in vitro. Afinal, a criação já está sendo independente. Por que não já começar desde a produção?

Brincadeiras à parte, peço a Deus que nos abençoe! Se for pra sermos Mariana e eu, já está perfeito.

Agora, se nos planos d’Ele está a vinda de um segundo filho, de um irmão, meu coração estará pronto pra sentir multiplicar esse amor único, verdadeiro, eterno e incondicional. E que venha também, em dobro, tudo o que um segundo filho traz. Afinal, nós, mães, sempre daremos conta.

* Fernanda Monteiro é jornalista, mãe da Mariana e madrinha deste blog. Sua irmã, Flavia Monteiro, é arquiteta e madrinha coruja da Mariana.

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Crédito da foto no topo: Pixabay.