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Alimentação na gravidez: verdades e mitos

Sabe aquela história de que não pode comer isso ou aquilo; ou de que desejo de grávida não pode ser ignorado? Confira a seguir o que realmente deve ser levado em conta…

A boa alimentação é a principal condição para termos uma vida saudável em qualquer fase da vida. Este é um belo clichê, é verdade. Mas, quando a mulher engravida, muitas vezes, chega a pensar que é preciso mudar todos os seus hábitos alimentares. Isso, pensando na sua saúde e na do bebê, sim, mas também e – quase sempre – pensando em não engordar muito e voltar magérrima alguns meses após o parto. O controle do peso da mãe é importante até para reduzir as chances de diabetes gestacional e garantir a própria saúde da criança, mas não é só isso que conta.

A nutricionista Tamara Sandoval explica que se a mulher tiver uma vida saudável antes de engravidar, com boa alimentação e exercícios físicos, vai levar a gestação “numa boa”.

Crédito: Arquivo pessoal.

“A gestante não precisa ficar neurótica com a alimentação e com a volta ao peso normal. Se ela fizer o processo de lactação da melhor forma possível, comendo de forma saudável e se exercitando de forma adequada, aos poucos, o corpo vai voltando ao normal”.

Comer de três em três horas de forma balanceada e com qualidade é, em geral, a recomendação dos médicos. Porém, se pararmos para pensar, mesmo antes da gestação, essa é a orientação básica. Comer com qualidade e não quantidade; e não ficar um intervalo muito longo sem se alimentar.

Principais recomendações nutricionais na gravidez

“A mulher deve ter um consumo adequado de proteína, calorias, vitaminas e minerais, além de consumo adequado de ferro e ácido fólico (principais micronutrientes da gestação). No mais, deve evitar frituras e doces. Abolir a bebida alcoólica. E, quando possível, com orientação médica, praticar exercício físico”, explica Tamara.

Verduras, legumes e frutas continuam sendo imprescindíveis no cardápio. No caso da gestante, no entanto, a atenção no lavar os alimentos deve ser redobrada, para eliminar os riscos de contrair toxoplasmose.

Existem alguns grupos de alimentos que não devem ser abolidos, mas não devem ser consumidos em grandes quantidades. “É o caso do açúcar, da farinha branca e do sal, que – em excesso – podem causar alguns problemas na gestação”, acrescenta.

Fome e desejos

Tamara explica que a fome e os desejos devem ser saciados. Por isso, um cardápio balanceado ajuda resolver o problema.

Segundo ela, os desejos existem mesmo. “Eles aparecem quando a gestante está com deficiência de algum micronutriente (vitaminas e minerais). Ela, então, passa a ter mais vontade por algum tipo de alimento que é rico naquele nutriente específico. É como se fosse um mecanismo de defesa do próprio corpo. O desejo surge para que ela busque algo que está em falta no organismo”, esclarece.

Hábitos da mãe x hábitos do bebê

A responsabilidade da mãe em cuidar da sua alimentação antes e durante a gravidez é tão importante que, se não for levada a sério, pode influenciar nos maus hábitos da criança que ela está gerando.

“Tudo que a mãe come é transmitido ao bebê por meio do cordão umbilical. Portanto, se a mãe tiver uma alimentação balanceada e saudável, esses bons hábitos também serão transmitidos para o seu filho”, ressalta.

Exageros remediáveis

Se a gestante abusou de doces e de outros alimentos, e ganhou muito peso. A recomendação é buscar ajuda de um profissional. “Afinal, só amamentar não emagrece. Ela precisa voltar a comer bem para ajudar no emagrecimento de forma mais rápida e saudável”, garante a nutricionista.

Tamara Sandoval é nutricionista, especialista em nutrição esportiva e clínica. Facebook e Instagram: @tamanutricionista


Crédito da foto do cabeçalho: Pixabay

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